Cotrisal ressalta importância do manejo nutricional, controle de plantas daninhas e doenças na fase inicial da cultura do trigo
A Consultoria Técnica da Cotrisal destaca os desafios da atual safra de trigo e orienta produtores sobre melhores práticas para maximizar a produtividade.
A Cotrisal promoveu um debate técnico sobre os principais desafios da cultura do trigo na atual safra, com a participação dos engenheiros agrônomos Nazaré Piran, gerente técnico da cooperativa e Luiz Klein, coordenador do Campo Experimental da cooperativa, responsável pela pesquisa e validação de produtos. O tema central foi o manejo nutricional, o controle de plantas invasoras e o combate a doenças que afetam a produtividade do cereal.
Redução na área plantada e impactos climáticos
Nazaré Piran destacou que o excesso de chuvas em junho atrasou a término da semeadura do trigo em várias regiões da área de atuação da Cotrisal. O final da semeadura ocorreu na primeira quinzena do mês de Julho.
Segundo pesquisa realizada pela RTC estima-se uma redução 17% a 20% na área cultivada em comparação com 2024. "Estamos falando de aproximadamente 1 milhão a 1,05 milhão de hectares, uma queda significativa em relação ao ano anterior", afirmou. Além disso, as chuvas intensas causaram perdas de nutrientes, especialmente nitrogênio, em lavouras sem cobertura adequada do solo.
Manejo nutricional: atenção ao nitrogênio
Luiz Klein explicou que o nitrogênio, um dos nutrientes mais afetados pela lixiviação, demanda reposição estratégica. "O produtor deve aumentar a dose de nitrogênio e aplicar no momento certo, preferencialmente iniciando cedo, já na fase de pré-perfilhamento e complementando no final do perfilhamento, fases estas que definem o potencial produtivo", recomendou. Ele também alertou para a importância de parcelar a aplicação, reduzindo riscos em um cenário de previsões climáticas de baixas precipitações e com irregularidades. Também destacou que “a dose de nitrogênio a ser usada deve ser baseada na expectativa de rendimento do produtor, cultura antecessora ao trigo e dose de N utilizada na adubação de base da cultura”. O Nabo por exemplo, é uma das principais opções para cobertura de solo pré trigo, pois absorve nutrientes das camadas mais profundas do solo e os disponibiliza na superfície após sua decomposição, principalmente nitrogênio.
Controle de plantas daninhas: azevém e folhas largas
Quanto ao manejo de invasoras, Luiz destacou o azevém como uma das principais preocupações, devido à germinação em fluxos contínuos e dificuldade de controle. "O ideal é aplicar herbicidas mais utilizado hoje é o Axial) quando as plantas estão com duas folhas, podendo nesse momento utilizar junto um pré-emergente como o Dual Gold para evitar a germinação de novos fluxos", explicou. Para folhas largas, como nabo e buva, é crucial agir no estágio inicial, utilizando herbicidas como Heat (Saflufenacil) ou hormonais (2,4 D), sempre respeitando as restrições de misturas para evitar fitotoxicidade. Também é importante observar o estádio do trigo para realizar essa aplicação. “No caso do Heat o ideal é aplicar no início do perfilhamento do trigo, já os hormonais dedem ser utilizados no final do perfilhamento da cultura e início da elongação.
Doenças: monitoramento é a chave
Com a elevação das temperaturas em julho, o oídio (doença do trigo) surge como uma ameaça rápida e agressiva. "A partir de 5% de incidência, as perdas são inevitáveis. O produtor deve agir ao primeiro sinal de pústulas, usando fungicidas específicos", alertou Klein. Manchas foliares também exigem atenção precoce, pois se instalam silenciosamente e prejudicam a produtividade nas fases finais da cultura.
A importância do planejamento e assistência técnica da Cotrisal
Os especialistas reforçaram a necessidade de monitoramento constante e suporte técnico. "O produtor deve consultar a Cotrisal para orientações sobre dosagens, estágios ideais de aplicação e combinações seguras de defensivos", finalizou Nazaré.
A safra de trigo 2025 enfrenta desafios climáticos e sanitários, mas com manejo adequado, é possível mitigar perdas e garantir bons resultados.
Fonte: Assessoria de Comunicação Cotrisal