Quem era o jornalista que morreu após incêndio em garagem: "Visionário muito à frente de sua época"

Helmuth Walter Schmitt-Prym faleceu após 33 dias de internação, por insuficiência respiratória. Ele era referência no jornalismo da Região Norte e na atuação comunitária

Exemplo de cidadania ativa e trabalho incansável: é assim que Dinamara Gertrud Schmitt-Prym lembra do pai, Helmuth Walter Schmitt-Prym. O jornalista e empresário morreu aos 79 anos, por insuficiência respiratória.

Helmuth foi vítima de um incêndio na garagem do edifício onde vivia no centro de Sarandi, no norte do Estado. O fogo aconteceu no dia 7 de outubro e, após 33 dias de internação, ele faleceu em 9 de novembro.

— Foi sem dúvida o melhor pai que eu poderia ter, dedicado à família, agregador, sempre pensando na união, no bem-estar e na felicidade de todos nós — contou Dinamara.

Referência no jornalismo gaúcho, Helmuth presidiu a Associação dos Jornais do Interior do Rio Grande do Sul (Adjori), foi vice-presidente da Associação Brasileira de Jornais do Interior (Abrajori) e da Associação Latino-Americana de Periódicos (ALAPI). 

Helmuth foi um dos fundadores do Jornal A Região, de Sarandi, onde posteriormente assumiu a direção. Sua visão empreendedora o levou a fundar outros jornais nos municípios de Constantina, Ronda Alta e Nonoai, sempre com o objetivo de oferecer oportunidades aos jovens talentos.

Sua atuação pública se estendeu à saúde, sendo o primeiro secretário municipal de saúde de Sarandi e presidindo o Conselho Municipal de Saúde por mais de duas décadas.

Quinto filho de Wilhelm e Gertrud Schmitt-Prym, casal de alemães, Helmuth era casado desde 1966 e deixa a esposa, dois filhos, quatro netos e três bisnetos.

O filho Alfredo Guilherme Schmitt Prym o define como um “visionário muito à frente de sua época”. Homem culto e praticante da fé católica, Helmuth serviu ao Exército Brasileiro e cultivava a leitura como hobby, buscando manter-se sempre bem informado e apto a conversar com domínio sobre qualquer assunto.

— Um homem íntegro que deixa um vazio. Mas ficam as marcas que ele deixou em cada um de nós e na comunidade — disse Dinamara.

*Colaborou Felipe Matiasso

Fonte: GZH Passo Fundo

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